sábado, 4 de julho de 2009

Exposição numa folha de teste I






Dada a oportunidade a uma aluna de divagar pelo seu Mundinho na complexa matéria de Psicologia sendo o tema fulcral aqui -
a identidade, tendo ela saído de uma relação há pouco tempo, estes foram os resultados: (vou dividir isto em 3 publicações, visto que foram 3 textos)



Eu, sou eu! Tão diferente, mas tão igual a tantos outros. Vivo para mim e sei que não sou única. Mas sou única à minha maneira. Não quero comparações, não gosto de ser comparada. Como alguém disse :" Põe o quanto és, no mínimo que fazes". Assim tento. Assim caio, assim me levanto. Assim me iludo, assim me desiludo. Assim... Assim, num fragmento de tempo. A culpa é minha, bem sei. Acreditar no outro, sempre foi a minha fraqueza. Mas vivo, vivo para mim. Tenho os meus amores ou mesmo dissabores. Cresci, sofrendo. Cresci, gritando. Ainda procuro pela Atlântida perdida em mim e nos outros. Sei que posso não encontrar, mas procuro, luto e o meu corpo alimenta-se do suor que se pensava perdido. A minha história é minha, tão minha como o meu ADN. Foi dela que me fiz valer. Foi das personagens dessa história que me fiz crescer. Foi ela que guardei no bolso das calças para servir de molde para a minha personalidade inacabada. Sofri como tu? Sem dúvida! Fui feliz como tu? Obviamente! Fomos caminhando por estradas diferentes, mas feitas do mesmo alcatrão. Algures pelo caminho, encontrei alguém perdido, alguém que sofreu, alguém que chorou! Afinal, pensas tu, serei assim tão diferente dela!? Não somos diferentes, mas temos histórias que são levadas, por nós, de maneira diferente. Logo, não há ninguém igual.
O Amor-Próprio sempre foi a minha roupa interior, calcei a confiança e vesti a dureza. Isto pode levar-me a enfrentar Invernos rigorosos. Pode não, deve! No quentinho da minha história, estou eu, relaxada a ler um livro, olho pela pela janela e vejo alguém a fazer o mesmo. Suspiro de alívio. Não sou a única a lutar por mim. Naquela altura este sentimento soube melhor que o leite chocolatado que tomava! Eu, sou EU!

Janeiro de 2009

4 comentários:

Joana ' disse...

Minha querida, nunca deixes de lutar por ti... Sei que não o farás, és muito forte, mas mesmo quando tudo te parecer incerto e o peso de todos os males do mundo decidir cair sobre ti, resiste!
Como me disseste um dia é díficil desistir porque fomos feitos para lutar... Embora por vezes seja o que nos apetece fazer, talvez por ser o caminho mais fácil!

(Gostei bastante do texto)

Beijinhos querida

Daisy Maria disse...

com esse encanto de escrita, tiveste quê? 20? :)

Anónimo disse...

Que lindo! Modéstia à parte, poderia ter sido eu a escrevê-lo!!!!;)
Kiss

ClaudiaMar

Rebelde disse...

Bem é difícil caracterizar um texto deste calibre, principalmente, quando ao ser embalado pela amplitude das palavras que facilmente nos conquistam, acabo por me identificar em tantos pontos, e rever-me como se de um espelho se tratasse.

O teu Talentos é sem sombra de dúvida inequívoco, e tão demais evidente. Não cometas nunca o crime de parar de te expressar assim.

Beijinho ;D*