quinta-feira, 21 de abril de 2011

Das guerras com fantasmas


Toda a guerra tem o seu fim. E este foi pacífico. Não sabia quando havia começado nem quando terminara mas, desta vez sentia-a no seu final. O cansaço de lutar por um ideal que acreditara durante todo o seu percurso, tornara-se algo que lhe roubava o sono e a paciência. A sua hora para partir em rumo da paz estava como que anunciada, chegava de estar pronta a atacar, chegava de estar sempre à defesa. Com o tempo, tornara-se no seu pior inimigo, naquele que se transforma mesmo à frente dos nossos olhos e ao qual não podemos fazer nada para reverter esse processo. Chega de calcular o próximo passo do inimigo, chega de lutar por nada e para ninguém, chega de uma guerra que se previa curta e que lhe corta agora a respiração. Quer voar, percorrer campos e não é amarrada a ele. Esse, que em dia foi o Sol da sua vida mas que cedo se fora embora por sua culpa, sabe-o. Mas de nada vale tentar trazê-lo. Desta forma assiste-se ao fim de um ciclo vicioso que teima em fazer aparições, mas não mais. Está na hora e o campo espera-me para ser feliz e apenas contar com quem sei que vem SEMPRE. Não mais chamarei pelo teu nome, não mais te quero do meu lado. O teu tempo existiu, sabes. O que fizeste para aproveitá-lo!?

Não é um Até Já, é mesmo um Adeus.

1 comentário:

Sara disse...

Tinha de ser assim..