quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pássaro.





Soltas-te o meu braço e disseste: " Sê livre, sê tudo o que mereces ser!" . Mas escolheste que o fosse longe de ti. Em alturas não te perdoei por isso. Quis mostrar-te que era ao meu lado que devias estar. Mas ensinaste-me que por mais que ame alguém, não te podia prender ao ponto de decidir o que era melhor para ti. Com quantas lágrimas cheguei a esta conclusão ? Não têm conta! Se me arrependo? Nunca na vida. E vi-te dizer-me adeus de longe, e eu fiquei parada, mentalizando-me que tinha de continuar o meu caminho. Mas disse-te adeus de qualquer forma, por mais apertada que a garganta estivesse na altura.
Os nossos caminhos podem cruzar-se ou não, e nessa altura, podes parar para falar sobre ti, sobre os teus, sobre a tua vida e eu falarei de mim, dos meus sonhos e desilusões, e a seguir seguirmos em frente outra vez. Porque se o Mundo é circular, até nós eventualmente nos iremos cruzar.
Soltas-te o meu braço e disseste :" Voa, voa alto. Eu fico cá em baixo sempre atento a ver se tu passas!". E eu voei, e soube bem fazer caminho para longe de ti meu amor!

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