Não percebia o quanto ainda eras importante, até ter ouvido novamente o teu nome. Alguém o proclamava, alguém acordava assim o meu vício de ti. Foi naquele momento que o Mundo parou. Foi neste dia que o Mundo acabava, tal como se falava no Apocalipse. Eras a ruína dos meus dias, e buscavas o meu sangue para sobreviveres. Sugavas e sugavas até ao fim, e eu insistia em fazer mais, porque nunca fui de desistir. E de repente ficava sem forças, sem uma visão normal das coisas.
Os dias pareciam-me vazios e cinzentos, e só tu tinhas o condão de os tornar coloridos. Porque quem te chamou sabe que te busco, e quem sabe que te busco, achava que naquele dia não te procurava. E não. Mas tenho um piloto automático que deixo sempre ligado. Mesmo que continue a voar por esse Céu, ele permanece ligado para qualquer eventualidade, para qualquer infortúnio. E foi no dia do Apocalipse que isso aconteceu. Ia eu na minha rota normal, quando uma luz vermelha começou a piscar, foi quando proferiram um nome como tantos outros. À primeira vez, não liguei. Pensei que fosse uma falha no sistema, uma avaria sem importância e que se podia tratar dela quando chegasse ao destino. Mas a teimosa da luz continuava a piscar. Fui ver o que era, e conformei-me que iria perder a estupenda vista e deixei a rota ser descontrolada por uma irritante luz, que eras tu, dizem.
Já me tinha esquecido que precisamos de apreciar a vista e esquecer a luzinhas que vão piscando de vez em quando. Não mudar nunca a rota. Seguir o instinto de conquistador de novos caminhos e esperar que sejam os melhores. Porque nada te deixa mais vivo do que sentir o vento na cara e de agradecer pela oportunidade de mudança que te é oferecida.
Voas, com os olhos para a frente. Nunca olhes para trás, deixa as luzes piscaram na vontade delas. Não desistas agora!
12 comentários:
o problema é que nem sempre funcionamos como máquinas, mesmo que às vezes fosse o melhor, ou nao! ele também te busca, talvez ainda não esteja disposto a procurar-te! força, o texto está lindo :) beijinho
Lindo, lindo, lindo !!
O "pior" daquele texto é que é mesmo veriditico... eu ontem estive cm um grupo de amigos em que "ele" também lá estava (namoramos quase 2 anos, e acábamos à um mês e tal pq ele me pediu), e foi exactamente aquilo que senti.
Em relação a este texto, deixa-me dizer-te que está muitissimo inspirador ! E acabas muito bem também ao dizer "Não desistas agora!". Podemos aplicar isso em quase todos os aspectos da nossa vida. Um lema a seguir. Continua a escrever =)
Ah e já agora, adoro a banda sonora do teu blog ! Adoro piano, e tenho yiruma no meu mp4 e tudo =P
QUe lindo +.+
E continuarei a fazer mais visitas :D Bom blog, já a estou a seguir
Prendinha no meu blog, vai até lá ver
Existem tantas luzinhas a piscar livres pelo mundo que, por vezes, o que devemos mesmo fazer é ignorar a de maior intensidade dando oportumidade a uma outra...porque, na realidade, todas piscam de igual modo.Somos nós que alteramos o seu brilho com um combustivel proveniente de um motor denominado coração...e ao dito combudtivel chamam de amor...
Bjs
lindo, perfeitooo...
cada vez melhor...
beijinho
Gosto dos teus textos. Ao lê-los, automaticamente sinto as imagens das situações que escreves na mente, imagens poéticas que as tuas frases despoletam. Os teus posts remetem-me para solidão. Acho engraçadas as metáforas que utilizas, como a da luz a piscar.
Existem pessoas, sentimentos que assumem involuntariamente uma dimensão para lá do que um simples coração consegue albergar. Sentimentos que nunca se extinguem na realidade dada a robustez do cordão umbilical que nos liga aos mesmos. É uma ligação, que ainda que por vezes levemente adormecida, tem o condão de encher uma alma eternamente. Por vezes basta um gesto pleno de inconsequência para desencadear a tempestuosidade agigantada desse sentimento. Desse alguém que à luz dos nossos olhos, mas acima de tudo, do nosso coração surge como uma figura que queremos manter constante, e que perdure ao nosso lado pela eternidade. Mesmo que acreditemos que isso, não seja exequível, desejamos ardentemente. Mesmo que o radar nos alerte para a impossibilidade do facto. Lutamos, perdemos, sofremos. Levantamo-nos e voltamos a lutar, face a qualquer adversidade. Na maioria das vezes, nessa disputa continua, esquecemo-nos de observar todas as outras coisas, que giram à nossa volta. Deixamos oportunidades para trás, abandonamos possíveis novos caminhos, e nesse processo perdemos ainda mais. Afundamos na realidade a nossa capacidade de sorrir, de conquistar o muito que há por esse mundo fora.
Por vezes é preciso apagar luzes envelhecidas de mágoas e prantos. Por vezes, é preciso apenas tentar! É preciso um voo sem pára-quedas, sem medo de arriscar, e deixarmo-nos levar pelo instinto nato de conquistador. A felicidade é já amanhã.
Vou voltar a insistir e a tornar-me mil vezes repetitivo, vou sublinhar vezes sem conta e apregoar o teu exímio talento, em nos levar, conquistar, embalar através da magnitude das tuas tão características letras. A tua escrita, conquista à primeira leitura Tal e qual, como um primeiro olhar conquista um amor.
Beijinho para lá de Grande minha L. ^^ *
adoro a 1a frase deste texto! o voltar a (...) ver, ouvir, seja o qe for. o voltar a qualquer coisa que nos marcou. e se nos marcou esta' lá sempre, e sempre que algo mais forte chamar por ela, ela volta com tanta ou mais força do qe antes. gosto deste topico :D
bom texto! *
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